sábado, 7 de maio de 2016

Coreia do Norte - Informações do Portas Abertas

Para compreender a Coreia do Norte, hoje, é preciso ingressar na história do país. Foi no final do século 17 que o cristianismo chegou, mas só no começo do século 20 que um grande avivamento marcou a história, a ponto da capital Pyongyang ser conhecida como a “Jerusalém do Oriente”. Após a derrota japonesa na Segunda Guerra Mundial, Kim Il Sung chegou ao poder e impôs um regime comunista. Durante a Guerra da Coreia (1950-1953) muitos cristãos tentaram fugir. Se antes da guerra o país contava com 500 mil cristãos, dez anos mais tarde, não havia mais a presença visível da igreja, já que milhares foram mortos, presos ou banidos para áreas remotas e a igreja que restou se tornou secreta.
O país tem duas ideologias como base: a "Juche", que basicamente diz que o homem é autossuficiente e a outra é a "Kimilsungism ", ou seja, a adoração aos líderes. O governo submete a população a um sistema de classificação social, dividindo os norte-coreanos em amigáveis, neutros e hostis. As classes ditam a posição social, acesso à direitos, bem como o sistema de distribuição de alimentos.
A corrupção do governo e a fome são outras grandes ameaças à população. Um recente relatório da ONU mostrou que cerca de 16 milhões de pessoas sofrem de insegurança alimentar crônica em diversos graus, altas taxas de desnutrição e problemas econômicos. Segundo a Transparência Internacional, a Coreia do Norte é o país mais corrupto do mundo (uma posição compartilhada com o Afeganistão e a Somália).
Para os norte-coreanos, ler a Bíblia ou expressar a fé cristã é altamente perigoso. Bíblias e outros materiais são cuidadosamente escondidos e são utilizados apenas quando se tem certeza de que se está realmente sozinho. Encontrar com outros cristãos é um grande risco, assim como falar sobre sua fé com outras pessoas. Muitos pais temem dizer até mesmo a seus próprios filhos que eles são cristãos, pelo medo de serem descobertos.
Se sua fé em Jesus for descoberta, cristãos correm o risco de perder tudo, serem interrogados, levados para longe de suas famílias e enfrentar anos de miséria nos campos de trabalhos forçados. Nessas circunstâncias, se envolver em atividade religiosa clandestina pode ter como consequências discriminação, prisão, desaparecimento, tortura e execução pública.
Lá, as pessoas recebem diariamente algumas gramas de comida de má qualidade para sustentar o corpo, que deve trabalhar 18 horas por dia. A menos que aconteça um milagre, ninguém sai desses campos gigantes com vida.
Igrejas não registradas não podem existir no país. Há quatro igrejas controladas pelo governo em Pyongyang que são usadas pelo regime para mostrar aos estrangeiros que há liberdade de religião, mas elas não funcionam como comunidades cristãs. Por não ter liberdade alguma, são proibidas de produzir ou importar materiais cristãos, por exemplo, e também de realizar qualquer atividade com jovens ou líderes.
A perseguição religiosa continua alta, embora o nível registrado de violência não seja tão elevado quanto poderia ser, devido aos fatos de que nem todos os incidentes são relatados e por ser difícil de se obter relatórios dos campos de trabalhos forçados. Para os cristãos, não há mudanças positivas previstas politicamente, uma vez que são considerados inimigos do regime de Kim Jong-Un.
Fonte - Site Portas Abertas
Atualização: 14/12/2015

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